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O Violinista de Amesterdão




1941. Holanda. Um rapaz judeu, chamado Davi, sobreviveu a um horrível período histórico, o Holocausto.

Este rapaz vivia na extraordinária cidade de Amesterdão com a sua família, que era bem sucedida, o seu pai era gestor numa grande fábrica de compotas e a sua mãe era jardineira. Todos os dias o pequeno Davi ia para a escola, onde tinha muito sucesso. Ao final da tarde frequentava aulas de violino no Conservatório de Música de Amesterdão e também aí era um brilhante aluno. Nos seus tempos livres, o menino ia assistir a grandes concertos de música clássica no maior auditório da cidade, e foi aí que conheceu a sua maior companhia, Zacarias.

No dia 10 de novembro, de 1942, depois de duas horas de aulas de violino, Davi foi para casa e quando lá chegou o seu coração despedaçou-se em 1000 bocados e durante muitos minutos só se ouviram lágrimas. Devastado, com os olhos ainda molhados, percebeu o horror que tinha acontecido aos seus pais naquele dia. Tudo por causa dos nazis.

Sem muito tempo para pensar, o rapaz buscou a mala que tinha no sótão e levou consigo alguns frascos de compota, que o seu pai tinha trazido na noite anterior, algumas carcaças de pão, que estavam na bancada, e levou também fotos que lhe recordavam momentos felizes.

Meia-noite e 45 marcava o seu relógio quando chegou à casa de Zacarias. Com medo, Zacarias deixou-o ficar nas traseiras da casa, escondido, porque seu pai era general nazi.

Após dias, Davi quase foi descoberto, mas desta vez não era só o ser descoberto que estava em causa, mas sim já não ter mais frascos de compota e do pão já só restavam migalhas. Foi aí que decidiu que tinha de se refugiar noutro lugar. Ao olhar para umas fotos que tinha levado consigo lembrou-se que havia um restaurante que sua família frequentava bastante.

No dia seguinte, falou com Zacarias e seguiu o seu caminho o mais cedo possível porque sabia que os nazis ainda não estavam nas ruas. Quando chegou ao restaurante, encontrou o seu violino que tinha deixado lá na sua última apresentação.

Quando voltou a tocar, toda a tristeza que guardava se foi diluindo à medida que os seus dedos deslizavam naquele belo instrumento. Ouviu-se um tombo e era a porta a abrir e foi aí que o pequeno Davi estremeceu. Sem reação continuou a tocar. O soldado nazi espantou-se com aquele talento e deixou-o viver. Depois de uns meses, o seu nome já era conhecido em todas as ruas de Amesterdão e, com apenas 16 anos , já era o melhor violonista do país. Como não tinha ninguém porque a sua família tinha falecido no Holocausto, o soldado nazi passou a viver com ele.


Lara Johnson 8ºA

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