“Girl Power” é uma expressão muito comum nos dias de hoje, mas o que eu noto cada vez mais é que há uma relação péssima entre as raparigas adolescentes.
Durante toda a existência do ser humano, nós, mulheres, fomos sempre discriminadas … “isso é trabalho para homens”; “volta para a cozinha”; tens é de arranjar um bom marido, com um bom trabalho”, são tudo coisas que em algum momento tivemos de ouvir. Em termos de direitos das mulheres, felizmente, as coisas têm vindo a melhorar.
Tendo sido discriminadas e oprimidas durante tanto tempo, faria sentido sermos unidas e darmos-nos bem, no entanto é o completo oposto. Isto não cabe na cabeça de ninguém!
Ora falam mal umas das outras, ora se abraçam e elogiam. “Adoro essa camisola!” e “Viste o que ela estava a usar? Que horror!” … ambas ditas pela mesma rapariga, no espaço de cinco minutos. Já nem se sabe em quem confiar. Alguma vez ouviu a expressão “Quem conta um conto, acrescenta um ponto”? Pois … posso confirmar que é verdade. Rumores, mentiras e coscuvilhice são tudo coisas que adoramos … ou não. Quando se trata dos outros é um entusiasmo ouvir, quando é sobre nós já não é bem assim.
Hoje em dia por trás de um abraço, de um sorriso ou de um elogio, pode estar uma conversa bastante feia. É tão triste, porém é realmente o que noto.
Concluindo, acho que isto tudo deriva de problemas de autoestima e da pressão constante para sermos perfeitas, o que nos leva a ver as outras gaiatas como uma espécie de adversárias. Era giro serem feitas algumas atividades nas escolas, com o objetivo de finalmente ser criado um laço forte entre as raparigas e mulheres.
Violeta Matos, 9º A, n.º 25
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